maio 03
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Mães empreendedoras: filmes com histórias reais para se inspirar

Segundo o Sebrae, 55% das novas empresas abertas no Brasil são lideradas por mães empreendedoras.

Há uma coisa que todas elas tem em comum: como empreendedoras, trabalham sem parar, como mães também.

Por muito tempo as pessoas achavam que as mulheres precisavam escolher  filhos e negócios e até hoje há quem pensa assim, então temos um recado para essas pessoas: ainda de acordo com o Sebrae, a taxa de sobrevivência das empresas fundadas por mães empreendedoras é de 47,5%, o que é superior a média nacional.

Essa visão antiquada tem um objetivo simples: isolar a mulher do cenário empresarial.

Nosso objetivo é inspirar e fortalecer mães empreendedoras para que elas continuem fazendo a diferença nos negócios.

Por isso, escolhemos histórias reais para você ter certeza de que mesmo com as adversidades, tudo é possível.

1) Joy: O Nome do Sucesso

Joy tem dois filhos e vive na mesma casa que seu pai e sua mãe, que são divorciados e seu ex marido, que vive no porão.

Quando criança era extremamente criativa e inventiva, mas precisou deixar seus sonhos de lado para garantir a sobrevivência da sua família.

Em determinado momento resolve voltar a investir em si mesma e isso foi a melhor coisa que poderia fazer. Após cortar sua mão juntando pedaços de um copo quebrado surge uma ideia brilhante: um esfregão mais prático e seguro.

Apenas sua avó a incentivou, mas isso não foi um problema, pois mesmo sem o apoio da família Joy acreditou o suficiente por todos.

Sua vida começa a girar em torno da invenção e todos seus esforços são empreendidos para garantir produção e distribuição.

Não é nada fácil, mas ela encontra formas criativas para mostrar ao público o diferencial do seu produto.

O resultado é a história real de uma mãe empreendedora que transforma sua invenção em um fenômeno de vendas, fazendo dela uma das empresárias de maior sucesso dos Estados Unidos.

Vida real:

Nascida em 1956, Joy Mangano inventou o esfregão Miracle Mop em 1990. Atualmente ela possui mais de 100 patentes de suas invenções, incluindo os cabides de veludo Huggable Hangers.

Fundadora e presidente da Ingenious Designs, ela é considerada uma das 10 mulheres mais criativas em negócios.

 

2) Big Eyes

O filme conta a história de uma mãe e pintora insegura que se casa com um homem carismático e ambicioso.

Margaret nasceu no Tennessee, interior dos Estados Unidos, em 1927 e fugiu do primeiro casamento com sua única filha para recomeçar a vida.

Foi em São Francisco que conheceu Walter, um homem simpático, com um bom papo e histórias incríveis – a maioria delas sobre si mesmo.

O que aos poucos ela vai descobrindo é que a maioria desses relatos são inventados e que, apesar de ter se apresentado também como pintor, a verdade é que ele forjava sua assinatura em trabalhos de outras pessoas.

Não demorou muito para que começasse a fazer o mesmo com as obras dela.

Assustada com suas ameaças, ele assumiu a autoria dessas incríveis e super populares obras.

Margaret ficava com a produção enquanto o Walter ficava com toda a fama e reconhecimento.

Ele transformou a arte em um império, sendo um dos primeiros a comercializar pinturas como produtos licenciados.

A mentira e a falta de reconhecimento a consumiam, mas o conforto da filha proporcionado pelo dinheiro das obras era o mais importante para ela. Esse com certeza foi um dos principais motivos que a fez permanecer nas sombras por tanto tempo.

Entre as décadas de 1950 e 1960 cabia à mulher o papel de apoio, nunca de protagonista, por isso é louvável a coragem de Margaret, que 10 anos depois, decide processar Keane na justiça para retomar o direito de suas obras.

Essa é uma incrível história de talento e da importância de usar a própria voz.

É a história de uma mãe que criou um negócio espetacular que fatura até hoje.

Vida real: 

Em 1965 ela conseguiu se separar judicialmente de Walter. Em 1970, Margaret confessou em um programa de rádio que todos os quadros eram dela, em resposta, Walter se comparou a Michelangelo e disse que ficou perplexo com as declarações.

A reação pública culminou em uma competição de pintura. Walter declarou que tinha uma lesão no ombro e não pintou. Margaret produziu uma obra de arte pintada diante dos jurados, em 53 minutos, que venceu dramaticamente a disputa.

Ela recebeu US$ 4 milhões em prejuízos em 1986.

Suas obras variam de US$ 200 a US$ 15.000.

Foi assim que ela passou de coadjuvante a uma incrível empreendedora de sucesso.

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Sobre o Autor

Renata é Psicóloga, especialista em Neuromarketing e Comportamento do Consumidor. Obcecada por café e livros de história, consegue passar horas falando sobre praticamente qualquer assunto.