Segundo o Sebrae, 55% das novas empresas abertas no Brasil são lideradas por mães empreendedoras.
Há uma coisa que todas elas tem em comum: como empreendedoras, trabalham sem parar, como mães também.
Por muito tempo as pessoas achavam que as mulheres precisavam escolher filhos e negócios e até hoje há quem pensa assim, então temos um recado para essas pessoas: ainda de acordo com o Sebrae, a taxa de sobrevivência das empresas fundadas por mães empreendedoras é de 47,5%, o que é superior a média nacional.
Essa visão antiquada tem um objetivo simples: isolar a mulher do cenário empresarial.
Nosso objetivo é inspirar e fortalecer mães empreendedoras para que elas continuem fazendo a diferença nos negócios.
Por isso, escolhemos histórias reais para você ter certeza de que mesmo com as adversidades, tudo é possível.
1) Joy: O Nome do Sucesso
Joy tem dois filhos e vive na mesma casa que seu pai e sua mãe, que são divorciados e seu ex marido, que vive no porão.
Quando criança era extremamente criativa e inventiva, mas precisou deixar seus sonhos de lado para garantir a sobrevivência da sua família.
Em determinado momento resolve voltar a investir em si mesma e isso foi a melhor coisa que poderia fazer. Após cortar sua mão juntando pedaços de um copo quebrado surge uma ideia brilhante: um esfregão mais prático e seguro.
Apenas sua avó a incentivou, mas isso não foi um problema, pois mesmo sem o apoio da família Joy acreditou o suficiente por todos.
Sua vida começa a girar em torno da invenção e todos seus esforços são empreendidos para garantir produção e distribuição.
Não é nada fácil, mas ela encontra formas criativas para mostrar ao público o diferencial do seu produto.
O resultado é a história real de uma mãe empreendedora que transforma sua invenção em um fenômeno de vendas, fazendo dela uma das empresárias de maior sucesso dos Estados Unidos.
Vida real:
Nascida em 1956, Joy Mangano inventou o esfregão Miracle Mop em 1990. Atualmente ela possui mais de 100 patentes de suas invenções, incluindo os cabides de veludo Huggable Hangers.
Fundadora e presidente da Ingenious Designs, ela é considerada uma das 10 mulheres mais criativas em negócios.
2) Big Eyes
O filme conta a história de uma mãe e pintora insegura que se casa com um homem carismático e ambicioso.
Margaret nasceu no Tennessee, interior dos Estados Unidos, em 1927 e fugiu do primeiro casamento com sua única filha para recomeçar a vida.
Foi em São Francisco que conheceu Walter, um homem simpático, com um bom papo e histórias incríveis – a maioria delas sobre si mesmo.
O que aos poucos ela vai descobrindo é que a maioria desses relatos são inventados e que, apesar de ter se apresentado também como pintor, a verdade é que ele forjava sua assinatura em trabalhos de outras pessoas.
Não demorou muito para que começasse a fazer o mesmo com as obras dela.
Assustada com suas ameaças, ele assumiu a autoria dessas incríveis e super populares obras.
Margaret ficava com a produção enquanto o Walter ficava com toda a fama e reconhecimento.
Ele transformou a arte em um império, sendo um dos primeiros a comercializar pinturas como produtos licenciados.
A mentira e a falta de reconhecimento a consumiam, mas o conforto da filha proporcionado pelo dinheiro das obras era o mais importante para ela. Esse com certeza foi um dos principais motivos que a fez permanecer nas sombras por tanto tempo.
Entre as décadas de 1950 e 1960 cabia à mulher o papel de apoio, nunca de protagonista, por isso é louvável a coragem de Margaret, que 10 anos depois, decide processar Keane na justiça para retomar o direito de suas obras.
Essa é uma incrível história de talento e da importância de usar a própria voz.
É a história de uma mãe que criou um negócio espetacular que fatura até hoje.
Vida real:
Em 1965 ela conseguiu se separar judicialmente de Walter. Em 1970, Margaret confessou em um programa de rádio que todos os quadros eram dela, em resposta, Walter se comparou a Michelangelo e disse que ficou perplexo com as declarações.
A reação pública culminou em uma competição de pintura. Walter declarou que tinha uma lesão no ombro e não pintou. Margaret produziu uma obra de arte pintada diante dos jurados, em 53 minutos, que venceu dramaticamente a disputa.
Ela recebeu US$ 4 milhões em prejuízos em 1986.
Suas obras variam de US$ 200 a US$ 15.000.
Foi assim que ela passou de coadjuvante a uma incrível empreendedora de sucesso.
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